terça-feira, 6 de março de 2012

Saindo Das Trevas Capítulo 3:

"(...) Criando coragem para enfrentar as grandes rasteiras do destino. Seu próprio valer já não consta em lugar algum a não ser em sua boca. Isso afirma a certeza de não haver tantos sentidos rompidos tão quão esperanças mortas. Agora criou-se a ilusão de um paraíso que não se encontra em nossos pés, e mais uma vez nos perdemos e se embaralhamos com os passos, tendo inultilidade máxima, consagrando o zero absoluto em seu coração!
Pare e veja, la fora as coisas não estão rodando assim?
O som que eu escuto me deixa insensato, sem saturação e sem emoção. Me faz ser quem não sou, cria repentinas circunstâncias que movimentam o rolo compressor que temos em cada um de nós. Veja que as ondas sonoras atingem direto sua alma, onde é reconstruído seu laço mortal sem maneiras de serem rompidos com a vida deste maldito universo. Sua Fé é estruturalizada, e ergue-te novamente para se encontrar com os vasos que são criados pelas nossas mentes, sem haverem latifúndios para nascerem.
Até aqui, criamos uma espécie de jogo, entre as trevas do mundo acorrentado e a liberdade de um céu explendido. Melhor do que isso, fizemos as mesmas serem recolocadas no seu sistema. Basta um olhar e reflexo sobre toda essa realidade, e verás uma verdade nua e crua. É inexistente, uma pura neutralidade de uma década sem fim. (...)"

segunda-feira, 5 de março de 2012

Saindo Das Trevas Capítulo 2:

"(...) Desde então, dias se passaram formando minha rotina. Deixando de acreditar ainda mais no círculo que vivo, lágrimas foram derramadas até aqui sem o mínimo toque de expressão. Aquele exato momento que você fecha as portas de ligação com o mundo externo, e habita somente seu interior, sem contatos, sem visões, sem sentimentos. Nessa mesma hora fecha-se os olhos, e passa a enchergar apenas o que vem em sua mente, não estando mais em terra firme, mas em busca dos seus verdadeiros sonhos.
Porém, o mundo não deixa você criar essa magnitude, ele capacita e classifica cada indíviduo de uma forma grotesca, baseado nas novas regras da década.
Digo então metaforicamente que, nada além de um pleno momento que se passou deixará de ser eterno. Por mais que o universo conste em sua realidade, os variados dias, meses e anos que vivemos não são apagados da mesma forma que os próprios Humanos. Quero dizer que a percepção do vazio passa a encrementar na nossa vida nesse exato momento!
Foram na verdade, milhas e milhas caminhadas. De longa data se aparece tão só, que nem mesmo a solidão se simpatiza com você. É uma fase de conciliação do meio externo com o meio interno. É quando conhecemos de verdade o puro dentro de sí e o desdobramento da naturalidade lá fora. As vezes penso que estou no próprio escuro da noite, me perguntando onde realmente estou. Os próprios raios criaram sua intensidade, e eu deixei de sentir cada brisa que passava por mim.
Agora é hora de visar o quanto você andou e o quanto falta andar. O que precisa ser finalizado ou iniciado, completado ou terminado. E vem diante das suas pernas mostrando que o mundo não parou, mas que a partir de agora começou a girar (...) "

quinta-feira, 1 de março de 2012

Saindo Das Trevas Capítulo 1:

"E hoje mais um dia sem encerra, fechando uma porta que não se abrirá mais. Ouço contundências, ouço um tempo que não para, vejo um mundo sem cor com tamanha profundidade. Sinto-me um gelo, sinto-me definitivamente só o bastante para entender que o mundo não funciona da minha maneira. Mas o todo que eu vivo, faz se tornar uma espécie de proteção, tornando-me unânime a todos estes desencontros.
Mesmo assim, fico perdido e meus olhos escondem uma realidade que não há limites e espaços. Não valorizam o realismo, os sonhos, os sentidos. Me saio como uma pena, sem tal sentidos para compreender que não sou forte o bastante para absorver o relógio e seus ponteiros! Se eu entendesse, mudaria os mares, o planeta, os hemisférios e suas contingencias?
Basta olhar ao seu redor, crer que o mundo está perdido e que não há escapatória. A dor que é aprisionada, a raiva que é ilustrada, o ódio que regride, a mágoa que destrói e a pura falta de olhares que os céus escondem diante das nuvens. Mas indo além, indo no horizonte que construímos, sinto-me em correntes, sinto-me em cadeados que se afunilam a lua que hoje, não se compreende mais aos dias que vivemos.
Somos indefinidos, somos a própria arte desenhada em rascunho, somos talvez uma pessoa entre um bilhão la fora que se encontram em mesmo estado, ou até mesmo, desencontradas, irreconhecíveis.
As características, a rota que agora se fundiu a este tempo, ficou magnata, ficou morta. Ficou aguada demais, ficou afim de soltar, e mostrar que realmente o recomeço está chegando.
Deixe que sua realidade se aproxime a luz, deixe sua própria força alcance o infinito que seus olhos não criam. Não se surpreenda, apenas aguarde. (...)"